29 de set. de 2011

Recursos Humanos: Economia Pessoal


Por Eduardo Bassin, Economista, Consultor, MBA, UFRRJ - Bassin Gestão e Negócios

A Economia Pessoal ou Finanças Pessoais atrai cada vez mais a atenção do RH das empresas, independente do porte ou segmento na qual está inserida, em função de ser um investimento “ganha-ganha-ganha” (há ganhos para o colaborador, para a empresa e para a sociedade). É fato que a produtividade dos funcionários aumenta ou diminui em função de questões particulares.

Um empregado que tem suas necessidades básicas atendidas, sem precisar se preocupar com o corte da energia elétrica ou com a falta de gêneros alimentícios gera mais valor para a empresa. Vemos que a boa administração financeira pessoal é imprescindível ao desenvolvimento do colaborador como cidadão.

Além do já citado aumento de produtividade há queda sensível no índice de turn over, queda no absenteísmo, redução no envolvimento com substâncias químicas e em acidentes de trabalho e de trânsito.

Com a queda no nível de estresse ganha o funcionário, a empresa e a sociedade. Outra questão de grande relevância reside no fato dos funcionários melhorarem sua percepção acerca do valor real da sua remuneração.

Pessoas com baixa instrução formal sobre Economia Pessoal, via de regra não percebem quando são bem remuneradas. O único parâmetro que utilizam é o total das suas despesas mensais. Se o salário não é suficiente para arcar com as despesas, automaticamente elas pensam que estão sendo mal remuneradas.

Não há alternativa, se não há recursos financeiros suficientes, colocar a culpa na empresa é uma questão automática até mesmo em função do caráter paternalista de muitos. Quando esta questão não é bem trabalhada, aumenta-se o sentimento de conflito entre capital (empresa) e trabalho (colaborador).

Atribuir responsabilidade ao governo mostra-se uma falácia. É fato que há iniciativas no intuito de levar o conhecimento de Economia Pessoal para as salas de aula, mas até que estes alunos estejam inseridos no mercado de trabalho, corremos o risco de vermos nossas organizações perderem competitividade e mercado.

Empresas que operam em 2011 com visão de longo prazo estão conscientes de que o investimento em educação precisa ser maciço, apresentando-se como condição sine qua non para o progresso das organizações e da nação. 

Fonte: Boletim Empresarial - Bassin Gestão e Negócios - Setembro 2011/Edição 06

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