25 de jan. de 2012

O estilo de cada um

 Até que ponto a roupa pode interferir na carreira profissional e na forma como as pessoas se relacionam no trabalho.
 
Meias marrons ou pretas. Sapatos alinhados e cinto na cor preta. Barba feita e cabelo cortado e penteado adequadamente. É assim que os entregadores da transportadora americana UPS devem se apresentar todos os dias no trabalho. Na filial brasileira, como em todos os escritórios dela no mundo, existe uma série de normas escritas, que variam conforme a categoria profissional, como explica Michele Cavalcante, gerente de RH da empresa. "Aqui, temos diferenciação somente entre funcionários administrativos e operacionais, que utilizam uniformes padronizados, como os entregadores, por exemplo", explica.
Segundo a executiva, estes possuem um procedimento específico e passam por auditoria diária antes de saírem às ruas. "O coordenador de operações é responsável por verificar se cada entregador está com seu uniforme limpo e adequado às exigências da empresa. Isso tudo, explica, pois eles são literalmente a imagem da companhia. "Quando pensamos em uma empresa de entrega, pensamos em seus entregadores; eles estão em contato diário com todos os clientes e por esse motivo a apresentação precisa ser impecável", ressalta. Os demais funcionários administrativos - independentemente do cargo - seguem o mesmo procedimento de vestimenta, porém com outras regras: nada de saias curtas e sandálias abertas para as mulheres, nem bermudas e camisetas para homens. E, claro, os homens devem estar devidamente barbeados. "Os funcionários são nosso cartão de visita. Eles carregam a imagem e a reputação da UPS, por isso é necessário vestir-se de forma adequada", ressalta Michele.
Em algumas filiais da companhia nos EUA, por exemplo, as mulheres não podem utilizar sequer sapatos abertos, como os peep toes, pois as áreas administrativas estão no mesmo local das operacionais e existe, assim, risco de acidente se a funcionária tropeçar em alguma caixa ou algum material cair no pé. Dessa forma, nada mais natural do que pedir sapatos fechados. "Como no Brasil só há acesso às áreas operacionais, esse tipo de calçado foi liberado. Também podemos utilizar, aqui, blusas ou vestidos sem mangas, com aquelas mangas que vão até o ombro somente (exceção de regatas) devido ao calor", conta.
Michele diz que nunca deixou de usar alguma peça que gosta por causa do procedimento da empresa. "Desde o meu primeiro dia de trabalho, há 13 anos, a companhia deixou muito claro o que poderia (ou não) usar e me explicou os motivos, com os quais concordo e compreendo. Utilizar sandália, por exemplo, já está vinculado a um dia fora do expediente, então acredito que nem me sentiria à vontade trabalhando de sandálias, além de que a roupa social me faz sentir mais confiante, mais profissional", afirma.

De acordo com o ambiente
Mas nem todas as empresas são cheias de regras e formalidades. Cada ambiente corporativo demanda uma roupa diferente - há os mais tradicionais como o financeiro e os mais liberais, como o de comunicação. De acordo com a consultora de imagem Sabina Donadelli, o estilo da pessoa e o ambiente de trabalho devem se adequar. "Uma pessoa criativa pode usar jeans, com lenço colorido como acessório num ambiente de comunicação, como numa agência de publicidade; mas uma advogada, por exemplo, não poderia usar esse look no fórum, optando por um terninho ou saia e blusa com bijuteria discreta como acessório. O mesmo acontece com as profissionais do mercado financeiro", afirma. A também consultora de imagem Cristina Zanetti, do site Oficina de Estilo, concorda: "Cada ambiente tem seu estilo. O que as pessoas precisam fazer é saber o que usar (ou não) em seu ambiente de trabalho", ressalta. Para ela, não se trata de estar na moda e, sim, de ter alguns cuidados na hora de escolher uma roupa para trabalhar. "O que deve prevalecer sempre é o bom-senso", completa.

(fonte: Revista Melhor - Carolina Mariano.)
 
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